Fototerapia em domicílio UVB ou PUVA- um tratamento de luz

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Mesmo como novos medicamentos imunobiológicos a fototerapia continua modalidade de tratamento para psoríase e também para tratar vitiligo e dermatite atópica. Quem não quer fazer uso de medicamentos imunossupressores ou não pode utilizar (situações como câncer, cirrose, HIV, gestantes) a fototerapia ultravioleta é uma boa opção para controle da psoríase, vitiligo e dermatite atópica. 

Um grande problema é que existem poucos equipamentos na rede pública e privada e quando existe, o tempo necessário para deslocamento até um clínica em horário comercial torna pouco viável o tratamento em 2 a 3 sessões por semana.

Uma excelente notícia de 2020 foi aprovação pela ANVISA de equipamentos de fototerapia ultravioleta para uso em casa, sob supervisão médica, para tratamento com eficácia e segurança da psoríase, vitiligo e dermatite atópica. Mas somente a empresa FotoSkin possui essa autorização da ANVISA e cuidado com produtos comprados pela internet que parecem similares mas podem causar danos, queimaduras ou serem ineficazes.

A fototerapia tem efeito antiinflamatório e imunológico sem causar baixa da imunidade. ideal para evitar medicamentos oral ou injetáveis que podem sobrecarregar função do fígado ou rins, interagir com outros medicamentos de uso crônico, interagir com consumo de bebidas alcóolicas.

O risco de a fototerapia ultravioleta causar câncer de pele é muito baixo e depois que paciente fez mais de 300 sessões ao longo da vida. Portanto é segura quando bem indicada e avaliada pelo médico como boa opção terapêutica.

Equipamentos pode ser para aplicar em todo corpo (painel de UVB) ou em pequenas áreas como couro cabeludo, cotovelos e joelhos (equipamento UVB portátil)

Equipamentos de fototerapia ultravioleta da FotoSkin no stand da EstekMedical durante importante feira de equipamentos médicos na Alemanha, de 16 a 18 de novembro de 2019.

Feira internacional de equipamentos médicos

A fototerapia ultravioleta (UV) mais utilizada é a UVBnb que não exige uso de medicamento oral antes das sessões; já PUVA tem que tomar psoraleno e pode causar intolerância gástrica e exigir proteção dos olhos por até 12  horas depois.

Um grande problema é o deslocamento para uma clínica de fototerapia 2 a 3 vezes por semana, em horário útil. Isso tem um custo extra. Porém é possível alugar equipamento e fazer em casa, sob supervisão de uma dermatologista.

https://www.fotoskin.com.br/equipamentos
FotoSkin empresa parceira nos Encontros de Psoríase e Vitiligo, na Câmara Municipal de São Paulo

https://www.fotoskin.com.br/equipamentos

Notícias (14/06/2017): Publicação recente na Revista da International Psoriasis Council, entidade médica que Dr Cid faz parte, demonstra a preferência dos dermatologista (pesquisa com 1.000) nos EUA é a fototerapia UVB é a primeira linha para tratamento da psoríase moderada  a grave em adultos saudáveis. Lembrando que é possível em crianças, mulheres grávidas e pessoas com imunodepressão como câncer, hepatites e HIV.

Journal International Psoriasis Council, vol 13 N 1,Janeiro 2017
Journal International Psoriasis Council, vol 13 N 1,Jan 2017

Fototerapia um tratamento de luz eficaz e seguro.

Nos países em que os períodos de radiação solar são mais curtos fica difícil esse “banho de luz terapêutica”. Criou-se então o conjunto de várias lâmpadas fluorescentes que, além de imitar o sol, produzem radiação (eletromagnética) mais pura para tratamentos dermatológicos, chamada “Fototerapia”. Mas atenção: existe diferença entre a fototerapia e a cabine de bronzeamento artificial. Esta última emite radiação tipo UVA (ultravioleta A) de fraca intensidade; ela bronzeia, mas não trata a psoríase e, em 2009, foi proibida pela Anvisa porque aumenta o risco de câncer de pele. Outra confusão refere-se à radiação infravermelha emitida por uma única lâmpada com luz vermelha, utilizada para tratamento de fisioterapia da dor, mas não serve para tratar a psoríase.

A história da fototerapia para psoríase começou na segunda metade do século XX com aparelhos de lâmpadas fluorescentes de UVB banda larga (290 e 320 nanômetros). Décadas depois aparece a fototerapia tipo UVA (320 a 390 nanômetros), mas se mostrava fraca para tratamento. Em 1974, dermatologistas americanos (Fitzpatrick e Parrish) adotaram o uso de um medicamento, o psoraleno, duas horas antes do procedimento com luz artificial. Nesse método, chamado de PUVA (no comprimido via oral a letra P significa psoraleno), quando seguido da exposição ao UVA apresenta boa resposta terapêutica, tanto nos tratamentos de psoríase, vitiligo, dermatite atópica, como em linfoma cutâneo. Os psoralenos são substâncias naturais que interagem com a luz, promovendo efeitos biológicos. São empregados desde a década de 1940 para tratamento do vitiligo por cientistas egípcios que isolaram organismos vegetais de plantas, os furocumarinos. Atualmente, empregam-se o 8-MOP (metoxisaleno) e o 5-MOP (bergapteno) ou o trimetilpsoralen (TPM), mais potente, cujas doses variam conforme o peso do paciente. Devem ser ingeridos em jejum, duas horas antes da fototerapia ou da exposição solar; alguns pacientes queixam-se de náuseas ou sintomas gastrintestinais. Após a sessão de PUVA recomenda-se o uso de óculos escuros, com lentes bloqueadoras dos raios ultravioletas, durante 24 horas, evitando exposição ao sol nesse período.

A partir de 1990, o PUVA passa a ter menor indicação médica, pois surge o UVB de banda estreita (UVB narrow band, 311 e 313 nanômetros) com maior eficácia e segurança e sem a necessidade tomar a cápsula de psoraleno antes da exposição à luz. Há cabines com 42 lâmpadas e unidades específicas para couro cabeludo, mãos e pés.

Sou um entusiasta da fototerapia e prescrevo em várias situações:

– psoríase em mais de 10% do corpo e até 100%, chamada psoríase eritrodérmica.

– psoríase instável, isto é, quando aparecem novas lesões a cada semana, inviabilizando os tratamentos com cremes.

– pacientes que não querem ou não podem tomar medicamentos orais ou injetáveis, como HIV positivo; portadores de hepatite B ou C; aqueles com baixa resistência imunológica.

– para ser combinada com tratamentos sistêmicos (clássicos e biológicos, quando necessário) ou tópicos, quando há resistência ou para acelerar o controle da psoríase.

– para pacientes que não podem pagar cremes de alto custo ou comprimidos para psoríase.

Os responsáveis pela saúde pública e também da saúde privada (convênios médicos) devem providenciar acesso ao tratamento de fototerapia porque além de eficaz e seguro tem excelente custo-benefício para controle absoluto da psoríase. Muitas vezes, dispensa medicamentos orais de efeitos colaterais e exames laboratoriais periódicos.

Fonte: livro Psoríase Descobertas Além da Pele, Cid Yazigi Sabbag, Ed. Yendis 2010

Empresa parceira do Encontro Municipal de Psoríase e Vitiligo: