Reportagens

REPORTAGENS

 

Luana Aquino Cianci, estudante de jornalismo da UNG : Universidade de Guarulhos, ativista do movimento psoríase e idealizadora do documentário Psoríase além da pele. Entrevista dia 17 de outubro de 2019. Isso faz a diferença! Parabéns Luana!

A artrite psoriásica acomete de 2o a  30% das pessoas com psoríase na pele, independente da gravidade. Importante fazer diagnóstico precoce e tratamento específico para evitar deformidades. 

Veja matéria publicada mostrando que paciente demorou a tratar a artrite e teve sequelas:

Ciclista com artrite psoriásica

https://as.com/ciclismo/2019/08/13/mas_ciclismo/1565695959_430280.html

 

Palestras Dr Cid Sabbag em Porto Velho, no CRM Rôndonia, dias 21.06.2019 e 22.06.2019

Palestras em Porto Velhos pelo Facebook e YouTube:

Durante o 17o.Encontro Municipal de Psoríase e Vitiligo, em 25 de maio de 2019, na Câmara de São Paulo, com 1.952 inscritos, estimulou depoimentos dos participantes para mídia. Veja essa reportagem publicado no site da Universidade Metodista de São Paulo:

http://www.metodista.br/rronline/a-psoriase-e-seus-cuidados-na-infancia-1

A psoríase e seus cuidados na infância 

Com o intuito de trazer mais informações sobre essa enfermidade, o Centro Brasileiro de Estudos em Psoríase organiza anualmente um evento sobre o tema

Publicado em 31/05/2019 15h44

Última atualização em 31/05/2019 18h19

 
A psoríase e seus cuidados na infância
Escamações no couro cabeludo causados pela psoríase – Foto: Arquivo pessoal/ Maria Regina Silva

AMANDA CAIRES
Da Redação*

As feridas e escamações na pele, a coceira e o fato de não ter cura, não são as únicas preocupações sobre a psoríase, uma doença genética e autoimune que afeta o sistema de defesa do organismo. O motivo: outros fatores podem ser constatados como consequência da doença, como por exemplo, a obesidade, colesterol alto, diabetes e problemas no coração.

A doença é desencadeada por diversos fatores, como ingestão recorrente de bebida alcoólica, uso de cigarros, e infecções no organismo, afetando o sistema imunológico que poderá resultar numa inflamação crônica, que atinge principalmente a pele, mas pode também atacar outras partes do corpo como as articulações. Apesar de não ter cura, a psoríase possui diversos tratamentos, entretanto, na infância, essa enfermidade merece atenção especial.

Leia Mais: Dia 29 de outubro é considerado o dia Mundial da Psoríase 

O doutor em dermatologista e diretor do Centro Brasileiro de Estudos em Psoríase, Cid Yazigi Sabbag, ressalta que a doença nessa fase costuma ser mais complexa. “Na infância é tudo mais complicado porque os efeitos colaterais dos medicamentos podem provocar problemas tóxicos para o desenvolvimento das crianças”.

Por isso, caso exista algum histórico de psoríase na família, é importante que os pais assegurem uma vida saudável aos filhos, com uma alimentação balanceada e a prática de exercícios físicos, que ajudam a prevenir o desenvolvimento da doença.

Por conta das feridas e escamações na pele causadas pela psoríase, as crianças podem desenvolver também baixa estima, problemas de socialização e vergonha de frequentar locais em que tenha que mostrar partes do corpo que foram afetadas. Maria Regina da Silva (54) portadora da doença desde os 13, é um exemplo disso. “Tinha muita vergonha de que as pessoas vissem as escamações no meu couro cabeludo e do que elas poderiam pensar a meu respeito”, relata.

Com o objetivo de tirar dúvidas sobre a doença, que afeta mais de 3 milhões de pessoas no país, o Centro Brasileiro de Estudos em Psoríase organiza anualmente o Encontro de Psoríase e Vitiligo. Este ano a reunião foi realizada no último sábado (25) na Câmara Municipal de São Paulo.  Para o doutor Sabbag, eventos como esse são muito importantes para esclarecer e tornar mais conhecida a psoríase na população, o que pode, inclusive, ajudar na busca de um melhor tratamento para quem precisa.

Maria Regina já participou de um encontro e diz que foi fundamental para ela. “Além da vergonha de ter psoríase, eu sempre tive algumas dúvidas sobre o assunto e quando eu participei do encontro me ajudou a esclarecer bastante coisas” conclui.

*Esta reportagem foi produzida por estagiários da Redação Multimídia da Universidade Metodista de São Paulo

 

Lamentamos a morte do jornalista Ricardo Eugênio Boechat ocorrida em 11/02/2019. Crítico e formador de opinião, abordou no Jornal da band temas negligenciados como psoríase e vitiligo.

Veja matéria do Jornal da Band 17/10/2017 com Dr Cid Sabbag sobre a depressão e a psoríase. A depressão tem também componente inflamatório. Dr Cid tentou dizer que psoríase não é emocional e sim uma doença sistêmica.

http://videos.band.uol.com.br/16333995/doencas-de-pele-sao-fator-de-risco-para-depressao.html (CLIQUE NESSA FRASE PARA ASSISTIR O VÍDEO)

O antigo CBP – Centro Brasileiro de Psoríase em 2001 já aparecia como uma referencia para reportagens sobre a psoríase. Especialmente apos idealizar e realizar o 1.Encontro Municipal de Psoríase em 2003, quando o jornal Folha de São Paulo publica reportagem:

http://www1.folha.uol.com.br/folha/equilibrio/noticias/ult263u2241.shtml

03/04/2003

Psoríase atinge 4 milhões de pessoas no Brasil

VINICIUSCARRASCO
free-lance para a Folha de S.Paulo

Quando o analista de crédito Fabiano Baer, 24, portador de psoríase, estende a mão para pagar uma passagem de ônibus, por exemplo, não raro se depara com o olhar desconfiado do cobrador. “As pessoas ficam com receio de pegar a doença. Sinto que agem com preconceito”, diz. Baer é um dos aproximadamente 4 milhões de brasileiros que, segundo a Associação Nacional dos Portadores de Psoríase (Psorisul), são portadores da doença.

A psoríase, porém, não é contagiosa. “Além disso, muitos a confundem com alergias, lepra, manifestações da Aids ou outras doenças”, diz a presidente da Psorisul, Gladis Lima. “A discriminação existe por falta de informação”, completa Luci Helena Grassi, presidente da APVPESP (Associação dos Portadores de Vitiligo e Psoríase do Estado de São Paulo).

Doença inflamatória crônica, a psoríase é caracterizada por lesões róseas ou avermelhadas na pele que, geralmente, possuem bordas externas delimitadas ou um halo esbranquiçado, explica o dermatologista Cid Yazigi Sabbag, diretor do CBP (Centro Brasileiro de Psoríase).

Segundo o médico, ocorre também o aparecimento de escamas secas e espessas, de aparência e dimensão variáveis -podem ser parecidas com gotas (psoríase gutata), vermelhas, elevadas e inflamadas (psoríase numular ou em placas) ou atingir o couro cabeludo e as unhas (psoríase ungueal). A doença também pode causar uma vermelhidão generalizada pelo corpo, com escamações mais finas (psoríase eritrodérmica). “É mais comum que a doença se manifeste em regiões de extensão, flexão e dobras, como cotovelos e joelhos”, explica Sabbag.

Jesus Rodrigues Santamaria, da Sociedade Brasileira de Dermatologia, diz que “a manifestação da psoríase se dá pela hiperproliferação das células da epiderme, e é isso que causa as lesões”. As causas da doença ainda são desconhecidas, mas a literatura médica indica que ela pode estar associada a fatores hereditários.

“Cerca de 30% dos portadores relatam casos na família”, diz a dermatologista Sandra Tajtelbaum. É o que acontece com a professora Araçari de Paula Rodrigues Monteiro, 42. “Minha avó tinha no corpo todo”, diz. Ela e a filha de 14 anos são portadoras de psoríase.

Além da predisposição genética, acredita-se haver relação da doença com infecções, uso de medicamentos, situações de estresse e traumas emocionais. “Organicamente, tensões subjetivas funcionam como uma bombinha que pode desencadear a psoríase”, diz a neuropsiquiatra Elisabete Della Rosa Pimentel.

“Quando investigamos meu passado, vi que problemas no relacionamento, o desemprego do meu pai e o estresse no trabalho acabaram influenciando o desenvolvimento da doença”, afirma Baer.

Para Pimentel, quando o paciente reconhece a situação emocional que está ligada ao aparecimento dos sintomas, ele já está a um passo do controle da doença, reduzindo suas manifestações.

“Embora a psoríase não tenha cura, é perfeitamente possível controlá-la”, afirma Sabbag. “Quando estamos bem, as lesões diminuem”, confirma Monteiro, que procura transmitir esse pensamento à filha que, segundo ela, também convive de maneira tranquila com a doença.

Psoríase não é doença exclusivamente psicossomática, somente causada pelo estado emocional da pessoa. Diversos fatores estão envolvidos no desencadeamento e evolução onde há mediação do sistema imunológico. Veja um artigo sobre o tema: http://www1.folha.uol.com.br/folha/equilibrio/noticias/ult263u3192.shtml

Em julho de 2004 fomos visitar a convite da Pierre Fabre, o spa Avène para avaliar os tratamentos com água termal para psoríase e dermatite atópica. Um pequeno grupo de médicos e jornalistas experimentou o banho termal (apenas uma parte de um programa terapêutico) e avaliou o resultado após 3 semanas com duas pacientes brasileiras.

Visita à Spa Avène, na França, em 2004 para avaliar tratamento para psoríase com água termal

 

Avène-França aula médica sobre propriedades antiinflamatória da água termal.

 

05/02/2004

Pacientes são vítimas e “autores” das doenças auto-imunes

KARINA KLINGER
free-lance para a Folha

Imagine um time de futebol atacado por um surto enlouquecedor, em que os jogadores saem marcando gol desvairadamente contra a própria equipe. É isso o que o corpo faz quando acometido por doenças auto-imunes. O sistema de defesa do organismo (sistema imunológico) deixa de reconhecer o próprio corpo e, em vez de combater apenas inimigos, como vírus e bactérias, passa a atacar células ou tecidos saudáveis do organismo.

Não é à toa que as doenças auto-imunes tanto assustam. De início, o paciente tem dificuldade para compreender que, além de vítima, é “autor” desse mecanismo de agressão. Já os médicos também não compreendem por que as células de defesa do corpo perdem o controle, ou seja, a causa das doenças auto-imunes, as quais também não têm cura. Mas há remédio para os sintomas, e os novos tratamentos têm dado esperança aos pacientes.

A incidência da doença tem aumentado. Duplicou nos últimos 40 anos –também não se sabe por que, há quem credite isso ao aprimoramento nos diagnósticos e à precisão dos testes laboratoriais. O fato é que, só nos EUA, são 50 milhões de pessoas por ano diagnosticadas com uma doença desse tipo. Em todo o mundo, médicos e pesquisadores presumem que ela chegue a atingir de 15% a 20% da população, e as maiores vítimas são mulheres.

E o que mais se sabe com certeza? Que existem, reconhecidos pela medicina, 30 tipos de doenças auto-imunes. Artrite reumatóide, lúpus e diabetes tipo 1 são algumas delas. E cada uma, com seus respectivos sintomas, atinge um órgão diferente, diz o reumatologista e imunologista do Albert Einstein Morton Scheinberg, pesquisador do assunto há mais de 20 anos.

Hipóteses se atropelam

Uma das hipóteses para a causa das doenças, segundo o imunologista Momtchilo Russo, presidente da Sociedade Brasileira de Imunologia, é a da higiene. “Como hoje as pessoas não desenvolvem tantas infecções, que talvez regularizassem a ação do sistema imunológico, nossas células de defesa poderiam estar superativadas”. Por outro lado, alguns estudos revelam que as doenças infecciosas é que afetariam o funcionamento do sistema imunológico. “Na febre reumática, sabe-se que o organismo ataca células do coração, pois as confunde com um aminoácido presente na bactéria estreptococo”, diz a imunologista Myrthes Toledo Barros, do Serviço de Imunologia Clínica e Alergia do Hospital das Clínicas (SP).

Hipóteses à parte, sabe-se que, para desenvolver uma doença auto-imune, são necessárias três condições, explica Scheinberg. A primeira é ter predisposição genética para a doença. Outro requisito é o problema ser desencadeado por um fator do ambiente externo, como exposição ao sol no caso do lúpus ou situação estressante na psoríase. E a terceira, e óbvia, é o desequilíbrio das células do sistema imunológico. “Além disso, quem tem uma doença auto-imune tem maior chance de desenvolver outras do mesmo gênero”, afirma o imunologista Luiz Vicente Rizzo, do Incor.

Descoberta precoce

Virar expert na doença é uma marca dos portadores. O estudante de medicina Tiago Bitar Barros, 22, convive com artrite reumatóide desde os sete anos. “Ele foi diagnosticado quando teve uma febre que não passava”, lembra a mãe, Cristina Barros. Com a evolução dos medicamentos, hoje ele vive como qualquer outro jovem da idade. “Tive a sorte de ser diagnosticado cedo. Ninguém acha que eu tenho a doença.”

A bancária Vânia Mello Suruagy, 45, é outra sortuda. Descobriu ter lúpus antes mesmo de sentir os sintomas. “O exame de sangue periódico feito pelo banco constatou que minhas plaquetas estavam baixíssimas. Se não fosse por isso, talvez não tivesse descoberto”, conta. Como ocorre com a maioria dos portadores, o resultado assustou. “Não tinha ouvido falar sobre isso. Fui direto para a internet”, conta ela, que já virou especialista na doença.

Influência emocional

“Existe uma relação direta entre o estado emocional das pessoas e o sistema imunológico. Há uma nova área na medicina, a psiconeuroendrocrinoimunologia, para estudar melhor a questão”, diz o dermatologista Cid Yazigi Sabbag, presidente do Centro Brasileiro de Psoríase. Segundo Yoshiaki Ohki, diretor científico da Associação Brasileira de Medicina Psicossomática, sabe-se que os corticóides produzidos em momentos de estresse diminuem a defesa imunológica. Para ele, quem está saudável do ponto de vista emocional também está do ponto de vista orgânico.

No caso do engenheiro Eduardo Griebler, 42, o estresse teve papel fundamental. No primeiro surto de psoríase, aos 18 anos, ele prestava vestibular. “A doença começou lentamente, mas foi aumentando ao longo dos últimos 20 anos”, conta. Para ajudá-lo a enfrentar a doença, sua mulher, Deborah Martinez Griebler, criou uma associação de portadores de psoríase. “Ainda existe muita propaganda enganosa e desconhecimento da população.”

Aliás, a falta de conhecimento gera preconceito. Mais um motivo para a importância dos grupos de apoio. “Nesses encontros, as pessoas conhecem outras histórias e aprendem a conviver melhor com a própria doença”, diz a psicóloga Adriana de Melo Lima, que atende pacientes com psoríase na Unifesp.

A psoríase é uma das doenças mais pesquisadas no mundo todo e a cada ano, novos medicamentos surgem após intensas, longas e custosas pesquisas clínicas. Na última década, surgiram os medicamentos imunobiológicos, injetáveis, feitos a partir de pesquisas da engenharia genética. Pudemos participar de um Estudo Clínico Internacional com pacientes de psoríase grave com o medicamento efalizumabe, o qual foi retirado do mercado mundial poucos anos depois, como relatado no Jornal Folha de São Paulo:

http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u548463.shtml

Abusar de corticóide na pele causa estriaAbusar de corticóide na pele causa estria

O uso abusivo de corticóides tópicos no tratamento da psoríase, da dermatite atópica e de outros eczemas pode causar atrofia da pele, fragilidade vascular e estrias, além da possibilidade de espalhar a doença para outras regiões do corpo por absorção sistêmica.
O alerta é de dermatologistas que vêem com preocupação o fato de que muitas pessoas com problemas de pele, por desinformação ou falta de orientação médica adequada, exageram no uso de corticóides -antiinflamatórios facilmente comprados sem receita médica nas farmácias.
Segundo o dermatologista Cid Yazigi Sabbag, presidente do Centro Brasileiro de Psoríase, embora esse tipo de droga seja considerado obsoleto para o tratamento da psoríase, ainda é muito usado no Brasil. “Muita gente usa, vê que o efeito é rápido para tirar a coceira e a inflamação e continua usando sem acompanhamento médico. Isso é um perigo”, afirma.
Os corticóides são usados para afinar a placa da psoríase e, quando aplicados excessivamente, também causam afinamento da epiderme. E o mais grave: corticóides de alta potência, quando aplicados em áreas extensas do corpo, têm absorção sistêmica, ou seja, funcionam como uma injeção ou um comprimido.
“Isso faz espalhar brutalmente a psoríase. Há estudos mostrando que se a pessoa passasse [a pomada de corticóide] nos dois braços, no tronco e na barriga já seria o suficiente para ocorrer a absorção sistêmica. O paciente não tem noção de que é isso que está espalhando a doença”, afirma Sabbag.

Ioga com Fungos foi tema da reportagem da Folha em 17/08/2006…

Tudo zen
O dermatologista Cid Yazigi Sabbag, diretor da Sociedade Brasileira de Laser, suspeita que o clima zen da ioga faça com que os praticantes não prestem atenção a esse lado prático e prosaico da atividade.Ioga com Fungos reportagem com comentários Dr Cid Sabbag

09/04/2009 – 13h15

Remédio para psoríase é recolhido por laboratório nos EUA

JULLIANE SILVEIRA
da Folha de S.Paulo

A farmacêutica Genentech anunciou ontem que retirará voluntariamente do mercado nos EUA o medicamento Raptiva (efalizumabe), indicado para casos graves de psoríase ou para pacientes que não respondem a outros tratamentos. A empresa diz que a droga aumenta riscos de o usuário desenvolver leucoencefalopatia multifocal progressiva, um tipo de infecção fatal no cérebro.

No fim de 2008, a FDA (agência americana que regula alimentos e fármacos) obrigou a fabricante a incluir um aviso na embalagem do remédio devido a relatos de infecções oportunistas ligadas a seu uso. A Emea (Agência Européia de Medicamentos) também divulgou um alerta. Duas mortes ocorreram no continente decorrentes do uso do remédio.

O Raptiva é comercializado no Brasil pelo laboratório Merck Serono e tem aprovação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que não foi notificada pela empresa. A Merck Serono afirmou que “há um mês, já havia tomado a decisão de suspender a comercialização do remédio em todos os países onde detém a licença, inclusive no Brasil”.

Segundo o dermatologista Cid Sabbag, diretor do Centro Brasileiro de Psoríase, médicos brasileiros receberam em março uma carta do laboratório com a informação de que a venda do produto poderia ser reduzida e interrompida. “O recolhimento ocorrerá aos poucos, para que haja tempo de fazer a transição para outro remédio”.

Cerca de 47 mil pessoas utilizam o remédio em todo o mundo, afirma Sabbag -um mês de tratamento custa R$ 5.000. Para ele, a ação é “um pouco de exagero”. “As mortes ocorrem em idosos, talvez o sistema imune seja mais debilitado.”

Pacientes que usam o remédio não devem parar o tratamento, sob risco de piora dos sintomas da doença. É recomendado procurar o médico.

Assim, alguns tratamentos são indicados para tratamento da psoríase e podem ser substituídos por outros. Como exemplo o laser do tipo Pulsed Dye Laser com ação na parte vascular da lesão da psoríase, que mais tarde fou substituído pelo Excimer Laser UVB 308nm que age no inflamação e células imunes da pele. Veja notícia de 2001 na Revista Veja, Edição 1 724 – 31 de outubro de 2001:

http://veja.abril.com.br/311001/para_usar.html

Discuta com seu médico

Laser para psoríase – Doença de pele que provoca manchas avermelhadas e escamas nos joelhos, cotovelos, costas e couro cabeludo, a psoríase tem agora o primeiro tratamento a laser, recomendado para casos leves e moderados. É o Pulsed Dye Laser (aprovado pelo americano FDA), que está chegando ao Brasil. Segundo o dermatologista Cid Sabbag, de São Paulo, para clarear as manchas por cerca de quinze meses, são necessárias de cinco a seis sessões, divididas em uma aplicação por mês, com duração de até dez minutos.

Algumas matérias sobre psoríase publicadas como na Revista da Associação Paulista de Medicina em 2009 (link:http://www.apm.org.br/noticias-conteudo.aspx?id=3429) que comenta o primeiro Levantamento sobre as Pessoas com Psoríase realizado pelo Centro Brasileiro de Estudos em Psoríase com pessoas que foram aos Encontros Municipais e com pacientes de psoríase da Clínica Sabbag. Esse Levantamento também foi publicado no jornal Folha de São Paulo. Veja o link :

http://www1.folha.uol.com.br/folha/equilibrio/noticias/ult263u735105.shtml

29/09/2009

Pesquisa inédita no Brasil traça perfil dos pacientes de psoríase
RACHEL BOTELHO
da Folha de S.Paulo

O primeiro levantamento epidemiológico sobre a psoríase no Brasil revela que os portadores são predominantemente mulheres (56%), têm idade média de 43 anos e apresentam o problema há mais de dez anos (43%).

A psoríase é uma doença de origem genética caracterizada por placas avermelhadas na pele. Em 30% dos casos, provoca também dores articulares. Não tem cura, mas pode ser controlada.

Segundo o dermatologista Cid Sabbag, que é diretor do Centro Brasileiro de Psoríase e Vitiligo e realizou a pesquisa com o laboratório Wyeth, os resultados são semelhantes aos de outros países, mas também trazem surpresas. “Muita gente foi a mais de sete dermatologistas após o diagnóstico, o que mostra uma falha na comunicação. Muitos dermatologistas afirmam apenas que a doença é incurável.”

A pesquisa se baseia em questionários respondidos por 687 pacientes entre 2003 e 2009. Destes, 77% afirmam que a doença prejudica sua qualidade de vida e 51% evitam certas atividades por conta dela, como ir à praia. Do total, 18% já foram afastados do trabalho.

Para Sabbag, a psoríase afeta a autoestima e o orçamento. “A prevalência de depressão é semelhante à encontrada entre pessoas com diabetes. E o convênio não cobre o tratamento.”

longa duração e foi tema da matéria do Jornal Folha de São Paulo:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/equilibrio/noticias/ult263u735105.shtml

14/05/2010

Psoríase eleva risco de problema cardíaco

FERNANDABASSETTE
da Reportagem Local

A psoríase, doença que causa descamações na pele e atinge 3 milhões de brasileiros, aumenta o risco de problemas cardiovasculares. Essa conclusão foi apresentada na reunião anual do American College of Cardiology, em Atlanta (EUA).

Por muito tempo, essa doença foi considerada exclusivamente um problema de pele. Mais recentemente, passou a ser associada a outras complicações no corpo, entre elas, problemas cardíacos.

Essa associação vale em particular para quem sofre das formas moderada ou grave (10% a 20% dos pacientes) da psoríase.

Por dez anos, pesquisadores do Hospital Universitário Gentofte, na Dinamarca, acompanharam as complicações em mais de 40 mil pacientes com psoríase e as compararam com a população sem a doença. Foram excluídos outros fatores de risco que poderiam desencadear um problema cardíaco.

Os resultados mostram dados preocupantes: a psoríase moderada ou grave eleva em 24% o risco de a pessoa sofrer um infarto, em 45% o risco de ter um AVC (acidente vascular cerebral) e em 51% a probabilidade de o doente ter arritimias.

Nos pacientes com a forma leve da psoríase, os pesquisadores não encontraram aumento significativo do risco de infarto, mas constataram que o risco de sofrer um AVC é 19% maior e o de arrtimias, 22% mais alto.

“Precisamos reconsiderar o tratamento dos doentes com psoríase: devem ser priorizadas mudanças no estilo de vida e triagem para colesterol alto e hipertensão mais cedo do que o previsto”, afirmou Ole Ahlehoff, principal autor do estudo.

Doença inflamatória

Segundo a dermatologista Valéria Petri, responsável pela unidade de psoríase da Universidade Federal de São Paulo, faz pouco que a psoríase foi reconhecida como uma doença inflamatória crônica.

“Sabemos, hoje, que ela requer cuidados multidisciplinares, envolvendo reumatologistas, dermatologistas, cardiologistas e nutricionistas”, diz.

De acordo com o dermatologista Cid Sabbag, chefe do ambulatório de psoríase do Hospital Ipiranga, os problemas cardiovasculares podem surgir em decorrência da inflamação crônica, que pode modificar o processo vascular e alterar as paredes dos vasos sanguíneos.

Outra possível explicação são os efeitos colaterais dos medicamentos usados no tratamento da doença. “Muitos causam alterações nos índices de colesterol e triglicérides no sangue. Isso aumenta o risco de doenças no coração”, diz Sabbag.

Para o médico, o risco apontado pelo estudo é alto, mas não há razão para pânico: “Pacientes com psoríase terão sua saúde cardíaca monitorada mais de perto. E o tratamento passará a ser multidisciplinar.”

O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo, CREMESP, participa das Solenidades de Abertura do Encontro Municipal e Nacional de Psoríase e Vitiligo, organizado pelo CBEPsoríase nesses anos todos e divulgou em 2010 no site e Jornal do CREMESP:

http://www.cremesp.org.br/?siteAcao=Jornal&id=1374